Ciência e Sociedade na proteção da vida marinha
- congressobrasileir5
- 8 de ago.
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Muito do que compromete os oceanos tem origem em ações que acontecem bem longe deles. É fato que nossos hábitos diários, desde a produção até o descarte, geram resíduos que, muitas vezes, acabam encontrando destino nos mares. O que parece invisível na rotina, na verdade, alimenta um processo que põe em risco o equilíbrio tanto dos ecossistemas aquáticos quanto das sociedades humanas. E o resultado disso é um cenário preocupante, embora nem sempre visível à primeira vista: a acidez dos oceanos aumentou cerca de 30% desde a era pré-industrial, o nível das águas continua subindo, os recifes estão comprometidos e a biodiversidade, em declínio.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 17 milhões de toneladas de plástico sejam despejadas todos os anos nos oceanos, e que esse número deve dobrar ou triplicar até 2040. Soma-se a isso a proliferação de algas e o avanço da eutrofização costeira, causada pela agricultura, aquicultura e pelo despejo de águas residuais. A pesca predatória já levou ao desaparecimento de mais de ⅓ das populações de peixes, enquanto as ondas de calor marinhas tendem a se tornar até 50 vezes mais frequentes até o fim do século.
Diante de tantas pressões, fica a pergunta: como podemos romper esse ciclo de degradação e construir um futuro mais sustentável para os oceanos?
Preservar a vida na água é uma das metas globais da ONU (ODS 14) e é também pauta recorrente nos encontros do Congresso Brasileiro de Zoologia (CBZ).
Na edição de 2024, realizada em Porto de Galinhas/PE, o CBZ contou com a parceria da startup Biofábrica de Corais que combina ciência, educação ambiental e engajamento comunitário para atuar na restauração de recifes degradados. Mais do que uma solução técnica, capaz de ajudar a recuperar ecossistemas e contribuir de maneira sustentável com as comunidades locais que vivem do mar, o projeto também é um exemplo de como o conhecimento pode virar ação concreta, com resultados ambientais, sociais e econômicos. Quando ciência e inovação se encontram, surgem caminhos mais conscientes para diversos cenários. Entre eles, o setor produtivo. Inclusive, é com essa proposta que a Conferência da Zoologia na Indústria (CIZOO) aproxima a pesquisa científica de soluções aplicadas e busca incentivar as práticas de baixo impacto ambiental.
Proteger os oceanos é uma tarefa coletiva que exige políticas públicas, compromisso social e, principalmente, conhecimento. E você, o que tem estudado sobre isso?
Para quem desenvolve pesquisas ligadas ao tema, ou até mesmo de outras frentes científicas, chegou a hora de compartilhar ideias e se conectar com quem também está fazendo ciência com propósito! Submeta seu trabalho e venha fazer parte do CBZ+CIZOO 2026, em Foz do Iguaçu.
¹ Conheça um pouco mais sobre a Biofábrica de Corais: https://biofabricadecorais.com/
² Quer seguir pensando na relação entre conservação e setor industrial? Uma das referências textuais presentes neste conteúdo foi produzida pelo Grupo Iberdrola, empresa global comprometida com energia limpa e ações de sustentabilidade. Vale a leitura: https://www.iberdrola.com/sustentabilidade/comprometidos-objetivos-desenvolvimento-sustentavel/ods-14-proteger-a-vida-marinha
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